domingo, 29 de abril de 2012

verdeconsciente: O início do fim das florestas

verdeconsciente: O início do fim das florestas

O início do fim das florestas

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/O-inicio-do-fim-das-florestas/
Hoje a Câmara dos Deputados mostrou o que quer: o fim das florestas no Brasil. Por 274 votos a 184, com duas abstenções, foi aprovada hoje a proposta que desfigura o Código Florestal. Hoje a Câmara dos Deputados mostrou o que quer: o fim das florestas no Brasil. Por 274 votos a 184, com duas abstenções, foi aprovada hoje a proposta que desfigura o Código Florestal, escrita pelo deputado ruralista Paulo Piau (PMDB-MG) sobre o texto aprovado pelo Senado, segue agora para sanção da presidente, Dilma Rousseff. Se ela não se mexer, e vetar o texto, esse futuro será seu legado. O texto aprovado dá anistia total e irrestrita a quem desmatou demais – mesmo aqueles que deveriam e têm capacidade de recuperar matas ao longo de rios, por exemplo – e ainda dá brecha para que mais desmatamentos ocorram no país. Ele é resultado de um processo que alijou a sociedade, e vai contra o que o próprio governo desejava. Com isso, avanços ambientais conquistados ao longo de décadas foram por água abaixo. “Acabamos de assistir ao sequestro do Congresso pelos ruralistas. Pateticamente, a presidenta que tinha a maior base de apoio parlamentar na história recente deste país, foi derrotada por 274 votos de uma malta de ruralistas que se infiltrou e contaminou o tecido democrático brasileiro como um câncer”, diz Paulo Adario, diretor da campanha da Amazônia do Greenpeace. “Desde o início do processo, o Brasil esteve refém dos interesses do setor, que fez de tudo para incorporar suas demandas ao projeto de lei. A população, que se mostrou contrária à anistia aos desmatadores e a brechas que permitem mais devastação, foi o tempo inteiro ignorada”. Há mais de uma década os ruralistas tentam acabar com o Código Florestal. Finalmente conseguiram uma brecha, alimentada pela indiferença de um governo que não dá a mínima para o ambiente e a saúde da população. O resultado é um texto escrito por e para ruralistas, que transforma a lei ambiental em uma lei de ocupação da terra. “Enquanto o Congresso demonstra claramente que se divorciou de vez da opinião pública que deveria representar – e que em sua imensa maioria se opõe ao texto do código ruralista – resta à Dilma uma única alternativa. Ela tem de demonstrar aos brasileiros que está à altura do cargo que ocupa – e que ganhou ao prometer aos eleitores que não iria permitir anistia a criminosos ambientais nem novos desmatamentos”, afirma Adario. “Caso contrário, o governo vai dar provas de que é subjugado pelos ruralistas, ao sofrer mais essa derrota.” Os brasileiros têm uma oportunidade de mostrar que não querem ver a motosserra roncar. A melhor resposta a essa reforma do Código Florestal é assinar o projeto de lei popular pelo desmatamento zero, que o Greenpeace e outras organizações encapam.

domingo, 22 de abril de 2012

Hábitos de uma geração que nasceu em 1992


RIO — O estudante Tomé de Almeida cultiva, em casa, os temperos que usa para cozinhar. Juliana Faria é uma pessoa praticamente obcecada com a reciclagem de lixo. E Mayara Rangel tira da tomada os aparelhos domésticos que não estão sendo utilizados, para economizar energia. Em comum entre eles, além da consciência ambiental, está o ano de seu nascimento. Os três vieram ao mundo em 1992, e cresceram ouvindo termos como sustentabilidade, mudanças climáticas e fontes de energia renováveis.
O engajamento deles, muito mais comum em sua geração do que nas anteriores, não está diretamente ligado à Rio-92, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, que aconteceu no Rio. Mas a preocupação ecológica ganhou importância nas duas últimas décadas e, a menos de dois meses da Conferência Rio+20, os hábitos de jovens de 20 anos como Tomé, Juliana e Mayara são uma prova disso. Estudante de Engenharia Ambiental da UFRJ, Tomé de Almeida cultiva hortelã, salsa, pimenta, manjericão e couve, em canteiros feitos com garrafas PET na varanda do apartamento onde mora, com a avó, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio. O rapaz mantém até uma criação de minhocas. — Com o minhocário, já consigo reciclar 80% do meu lixo orgânico. Também me preocupo em não cozinhar mais comida do que consumo, porque o alimento cozido não serve para produzir adubo — explica Tomé, que aprendeu na internet a montar sua horta. Professor de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica da UFRJ, Haroldo Mattos de Lemos destaca que a bandeira verde está muito mais presente agora. — Um aluno me contou que estava indo para Petrópolis com a família quando seu pai jogou um papel de biscoito pela janela do carro. Ouviu uma bronca do filho. Histórias assim são comuns hoje. Conscientes, mas sem abrir mão dos gadgets A safra Rio+20 virou gente assistindo a aulas de ecologia na escola, vendo filmes como “Uma verdade inconveniente” e acompanhando a enxurrada de notícias sobre a situação calamitosa da saúde do planeta. Tudo isso influenciou. Ao mesmo tempo, estamos falando de uma turma que consome avidamente tocadores de MP3, celulares de todos os tipos, tablets e vários outros gadgets que, cedo ou tarde, transformam-se num tipo de lixo bastante nocivo ao ambiente. Juliana Faria, por exemplo, tem de tudo: iPod, iPhone, iPad... Mas ela sabe dos danos que isso causa à natureza e garante que só troca de telefone celular quando o aparelho que está usando se quebra. Mesmo assim, os telefones velhos estão guardados no armário, porque ela não sabe como se livrar deles seguindo as linhas do ecologicamente correto. A estudante de Comunicação Social da PUC-Rio, que fez intercâmbio na Suécia, critica a falta de informação e infraestrutura para o tratamento do lixo no Rio. — Na Suécia, a prefeitura só recolhe o lixo orgânico. O reciclável tem que ser levado pelas famílias aos pontos de coleta. Lata, papel, plástico, vidro claro, vidro escuro... Aqui, não tem nada disso — explica Juliana, que pesquisa cooperativas de reciclagem para o lixo do prédio onde mora, no Jardim Botânico. Mas ela reconhece que o consumismo é um dos “pecados” preferidos da sua geração. Num mundo repleto de grifes ditando ou seguindo o estilo da juventude, ninguém se importa, por exemplo, com o destino de uma peça de roupa depois de jogada fora. Mesmo sendo um exemplo de pessoa preocupada com o meio ambiente, a universitária Mayara Rangel não pensa nisso quando está numa loja. — Não exagero nas compras para não gastar muito dinheiro, mas o esgotamento dos materiais naturais nem passa pela minha cabeça quando estou num shopping — admite a moradora do bairro de Sampaio, na Zona Norte, que estuda Geografia na PUC com bolsa integral. Mesmo assim, Mayara é uma guerreira do meio ambiente. Foi ela quem incentivou o condomínio onde mora a implantar um sistema de coleta seletiva. — Também espalhei cartazes alertando os moradores sobre a importância de se economizar energia e água — conta a carioca, que está ajudando a produzir dois fóruns da Rio+20 na PUC. Mayara não vai de bicicleta para a faculdade porque mora longe de lá. Mas incentiva. Já Tomé de Almeida está sempre pedalando, assim como desliga a torneira durante a escovação dos dentes, economiza papel e, na rua, procura latas de lixo especiais da coleta seletiva. São pequenos hábitos, muito mais arraigados hoje, 20 anos depois da Rio-92. — Essas coisas fazem diferença, mas falta um caminho longo até vivermos numa sociedade consciente — diz ele. RIO Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio20/habitos-de-uma-geracao-que-nasceu-em-1992-4706211#ixzz1snvEVgSL © 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Escolas poderão ter todos os anos uma Semana de Educação Ambiental


A instituição de uma semana de educação ambiental a cada ano nas escolas de ensino fundamental e médio é um dos 26 itens na pauta de votações da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), que se reúne nesta terça-feira (3). As votações de projetos têm início logo após audiência pública sobre a Conferência Rio+20.
De autoria do ex-deputado Maurício Rands (PT-PE), o projeto de lei (PLC 15/09) recebeu parecer favorável da relatora, a senadora Ana Rita (PT-ES). O texto estabelece que a semana de educação ambiental se realizará anualmente na primeira quinzena do mês de junho – 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente - e contará com atividades desenvolvidas em todos as disciplinas curriculares.
Na opinião da relatora, a semana de educação ambiental deve ser uma ocasião para a abordagem do tema de forma articulada, buscando conscientizar crianças e jovens sobre a necessidade de mudança dos padrões de conduta da civilização, a fim de garantir sua sustentabilidade, um meio ambiente saudável e a preservação da biodiversidade.
Ana Rita apresentou emenda para deixar claro que a realização da semana comemorativa não deve substituir as atividades permanentes ou periódicas realizadas pelas escolas sobre preservação do meio ambiente ou temas correlatos.
Se aprovado na CMA, o projeto segue para apreciação, em decisão terminativa, pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).