quarta-feira, 22 de junho de 2011
CSA terá licença definitiva só após se adequar a normas ambientais, diz Inea
Moradores de Santa Cruz reclamam da poluição causada pela siderúrgica.
Deputados investigam possíveis irregularidades no licenciamento da CSA.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou, nesta terça-feira (21), que a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) só receberá a licença definitiva de funcionamento, após se adequar a todas as normas ambientais e corrigir todos os eventuais problemas que poderão ser apresentados pelas auditorias que estão sendo feitas na companhia.
As informações são da presidente do instituto, Marilene Ramos, que se reuniu com deputados da Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), de acordo com a assessoria da Alerj.
Segundo a Alerj, um dos principais problemas ambientais provocados pela CSA é a emissão de partículas. Vizinhos da siderúrgica, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, já enviaram denúncias aos deputados reclamando da poluição.
O G1 procurou a assessoria de imprensa da CSA, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.
CSA funciona com licença provisória
A presidente da comissão de deputados que investiga supostos problemas de licitação, Lucinha (PSDB), questionou a licença provisória que permite o funcionamento da CSA.
“Segundo os documentos que recebemos hoje, a CSA está funcionando provisoriamente com a licença de instalação. Isso nos preocupa muito porque a população de Santa Cruz vai continuar sofrendo até que seja concedida a licença definitiva”, afirmou a deputada.
A Alerj informou que segundo o Inea, a licença de instalação concedida à siderúrgica aponta que o empreendimento está em fase de pré-operação, quando possíveis problemas devem ser identificados e corrigidos. Marilene Ramos complementou ainda que o Inea solicitou a realização de duas auditorias, que tem como objetivo averiguar problemas na CSA e avaliar os impactos causados na saúde dos trabalhadores e dos vizinhos à siderúrgica.
“A CSA está operando com a licença de instalação, que tem como prazo final o dia 28 de setembro de 2012. Apenas após serem cumpridas todas as nossas exigências na fase atual é que vamos conceder a licença de operação”, relatou Marilene Ramos.
Fuligem prateada
Ainda de acordo com a Alerj, a presidente do Inea explicou que as emissões de fuligem prateada que assustaram os moradores de Santa Cruz ocorreram por problemas que já estão sendo solucionados. Marilene Ramos disse que a companhia está instalando um equipamento que vai cobrir o poço e fazer a sucção da fuligem.
“Esta é uma das principais exigências feitas para que possamos dar a licença definitiva”, completou, informando ainda que, segundo monitoramento feito pelo órgão, a poluição do ar na região está dentro dos padrões estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
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